quarta-feira, 21 de março de 2012

Empresas nos EUA pedem senha do Facebook para monitorar funcionários

Quando o estatístico Justin Bassett saiu de casa para uma entrevista de emprego em Nova York, imaginou-se respondendo a perguntas normais sobre suas experiências profissionais e referências. Porém, ele se surpreendeu quando o entrevistador pediu algo mais: seu login e senha do Facebook. 

A prática, apesar de estranha e invasiva, tem sido adotada por algumas empresas norte-americanas para conferir o histórico dos candidatos a uma vaga de emprego, e se informar sobre possíveis vínculos com gang ou organizações duvidosas.  Ao noticiar a imprensa americana, Bassett - que sabiamente recusou trabalhar em uma empresa que viola sua privacidade - descobriu que não estava sozinho e que muitos outros funcionários haviam passado por esse ‘pente fino’ antes de serem contratados. 

Com a popularização das redes sociais, tornou-se comum aos gestores visitar perfis dos funcionários e de candidatos à vagas de trabalho. Porém, com a possibilidade de restringir o acesso ao perfil, as empresas têm recorrido a práticas mais radicais, como pedir ao candidato que faça login no computador durante a entrevista. 

Uma vez contratados, algumas organizações exigem a assinatura de termos por parte do funcionário que o proíbem de realizar qualquer tipo de reclamação da empresa usando redes sociais.


Violação de privacidade é crime e está prevista na Constituição dos Estados Unidos, porém, ainda não há especificações que abordem essa violação nas redes sociais. Em alguns estados norte-americanos, como Illinois e Maryland já existem projetos de lei que visam proibir órgãos públicos de exigir acesso aos sites de relacionamento, como Twitter e Facebook. 

Fonte: Revista Galileu

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